Gosto-te daqui, de lá, desse (des)lugar que sou, estou;
Sinto em mim por ti inexato, ‘desabença’;
Não diria amor, porque não há sentir que tenha dizer, que toda palavra fica vazia em peito cheio;
Sobra o pequenino grande gostar, livre, leal;
Esse canto conhecido do amanhecer;
Esse querer bem;
Deixar voar, palavra amor leve por ti em mim.
Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sorriso
Ela quisera ser a razão daquele sorriso dele. Aquele sorriso solto com os braços a se fechar quase em abraço de chegar perto, muito antes de chegar. Aquele sorriso incontido da visão que se espera, da ansiedade indisfarçada, da curiosidade de conhecer e amar no início dos tempos. Ela quisera aquele instante espontâneo de novo, de intenções de estar sem objetivos determinados, senão ser ela o motivo de um sorriso. Ele veio assim a poucos metros, amiudado de amor, que amor é miúdo por fazer um enlace penitente a olhar do meio pra cima em forma de alcance. Amor é grande também na claridade do lábio em fissura incontida a verter um hálito de calor. Onde fora parar aquele sorriso, por que sumira daquela forma tão estranhamente bela? Ela sonhara aquele sorriso em retorno porque o guardara com mimo, sorriso biscuit.
Assinar:
Postagens (Atom)