Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Estão a dizer por aí que a vida bem vivida é desapego. Eu chamo isso de medo; pois que viver é tão só apegar. A planta que cresce é porque 'pegou', fez ninho na terra, enraizou. Gente semeia lembrança ou esquecimento. Apego é lembrar e produzir e sentir rumores, gritos e cantos. Se esquece fenece; morte em vida.
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