quarta-feira, 18 de maio de 2011

Origens vertigens

Por sugestão de Eliéser do http://chuvaperegrina.wordpress.com/!
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Não se lembra certo daquele dia em que saíra sanguinolenta e chorosa por entre as pernas de sua mãe. Não se lembra que lugar de terra gretada e depois vermelha esteve em suas primeiras incursões nesse mundo, a que alguns adjetivam de todos, e que, no entanto, é o mundo de cada um, o mundinho das ‘(im)percepções’. Talvez fosse esse momento de origem o ponto em que tudo se fundou, nas solidões e fraternidades. O ninho quente e aquoso, depois revelado em ar sem fim a forçar os pulmões e o diafragma ainda imaturos. As primeiras sensações desavisadas e os avisos de aprender para sobreviver. E tudo era inóspito se não fosse por essa eterna companhia, a fraterna maternidade. E ainda hoje a pergunta ecoa pela verdadeira fraternidade em uma enormidade de passagens por si e pelo outro. Onde estará essa amiga faminta, fraternidade, que só existe pelo outro e se extingue numa vertigem, num escape de amar?

2 comentários:

Unknown disse...

onde esta?

as vezes penso nessas "(im)percepções" que se nos oferecem o tempo todo. tudo é perceptível, mas colhemos tão pouco. talvez por isso a fraternidade nos escape tanto...

Unknown disse...

A verdadeira fraternidade é manifestação de poucos, poucas. Muito do que pensamos está no discurso, narrativas, lendas, e no cotidiano impera outro agir, em causa própria, em risco torpe na sociedade do espetáculo.