Entrelugares

Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.

terça-feira, 24 de maio de 2011

elvis presley - in the ghetto

Postado por Keila Costa às 17:12
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Na fronteira

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Keila Costa
Sou de um lugar misturado, nem tão lá, nem tão cá...às vezes faço peripécias...às vezes sou de pouca aventura...mas uma coisa é certa: gosto de contar histórias de eus, nós e outros daqui e de lá...
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  • "O sr. Heathcliff, porém, contrasta singularmente com o ambiente que o rodeia e o modo de viver. É um cigano de pele escura no aspecto e um cavalheiro nos modos e no trajar, ou melhor, tão cavalheiro como tantos outros fidalgotes rurais - um pouco desmazelado talvez, sem contudo deixar que essa negligência amesquinhe o seu porte altivo e elegante, se bem que taciturno. Alguns irão acusá-lo de orgulho desmedido, mas tenho um sexto sentido que me diz que não se trata disso - instintivamente, sei que sua reserva provém de uma aversão inata à exteriorização de sentimentos e à troca de demonstrações de afeto." (Emily Brontë, O Morro dos Ventos Uivantes)
  • "Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido." (Fernando Pessoa, Livro do Desassossego)
  • "Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Crochê das coisas... Intervalo... Nada...De resto, com que posso contar comigo? Uma acuidade horrível das sensações, e a compreensão profunda de estar sentindo... Uma inteligência aguda para me destruir, e um poder de sonho sôfrego de me entreter... Uma vontade morta e uma reflexão que a embala, como a um filho vivo... Sim, crochê..."(Fernando Pessoa, Livro do Desassossego)
  • "Eu tudo faria por vós. Menos trair um amigo. A amizade é mais subida que o amor." (Ana Miranda, Boca do Inferno)
  • "(...) uma força poderosa o atraía para a Rua Direita, junto de Malvina. O ventre de Malvina, os seus olhos, os seus cabelos, o seu sexo ruivo, o visgo. O passarinho pia chorando, sem querer vai indo, esperneando para a boca da cobra, dizem. Passarinho no visgo, ele menino. " (Autran Dourado, Os Sinos da Agonia)
  • "Eu sou donde eu nasci. Sou de outros lugares." (João Guimarães Rosa, Grande Sertão Veredas)
  • "Trata-se de arrombar essas falsas janelas, essas contradições traiçoeiras, esses paradoxos fatais que dilaceram o estudo literário; trata-se de resistir à alternativa autoritária entre a teoria e o senso comum, entre o tudo e o nada, porque a verdade está sempre no entrelugar." (Antoine Compagnon, O Demônio da Teoria)
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  • "Ela lhe parecia tão bela, tão sedutora, tão diferente da gente comum, que não compreendia que ninguém se transtornasse como ele com as castanholas dos seus saltos nas pedras do calçamento, ou tivesse o coração descompassado com os ares e suspiros de suas mangas, ou não ficasse louco de amor o mundo inteiro com os ventos de sua trança, o vôo de suas mãos, o ouro do seu riso." (Gabriel García Márquez, O Amor nos Tempos do Cólera)
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