quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

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Sonhara sim em ser poeta, em encontrar as palavras honestas paras as visões tempestuosas do dia a dia; Sonhara sim em ser poeta, aberta feito vaso de flores, cores, cheiros, estames e anteras; Sonhara sim, não por fetiche de escritor intelectual, para fazer livro em mão de editor pra constar nome e sobrenome no papel da memória da história; Sonhara sim de olhos abertos com as palavras de surpresa, exatas, achadas no fundo abismal das expectativas gramaticais, morfológicas e ortográficas; Sonhara sim em ser poeta, trágica, posta ali pra receber letras desconexas a fiar texto de rede desacertada como a vida.

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