Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
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Sonhara sim em ser poeta, em encontrar as palavras honestas paras as visões tempestuosas do dia a dia; Sonhara sim em ser poeta, aberta feito vaso de flores, cores, cheiros, estames e anteras; Sonhara sim, não por fetiche de escritor intelectual, para fazer livro em mão de editor pra constar nome e sobrenome no papel da memória da história; Sonhara sim de olhos abertos com as palavras de surpresa, exatas, achadas no fundo abismal das expectativas gramaticais, morfológicas e ortográficas; Sonhara sim em ser poeta, trágica, posta ali pra receber letras desconexas a fiar texto de rede desacertada como a vida.
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