Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Morrer é preciso
Nunca saberemos quantas vezes teremos que morrer pra desfrutar mais uma vez um amor, uma visão encantadora, uma fresta a deixar passar a luz pela janela, uma conversa de esquecer o entorno; e também, por vezes, morreremos pra morrer de novo nos idos a se repetir até vir uma clareza simples de viver. O que soa banal é apenasmente e grandemente o sopro da sabedoria, não dos livros ou das reflexões complexas; o que soa banal é somente soar, pois em verdade verte silêncio por não se traduzir em palavras, e é toda razão de morrer dia após dia e reviver, como um parto no tempo certo, aquela cabeça a se insinuar pegajosa para o vento do ar, para a claridade temível, para o sentir de solidão só para encontrar.
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