Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
O que não está
É o que não está que nos perturba grandemente; a palavra que não se diz, o gesto descuidado, as mecanicidades do dia a dia, os porvires inconsistentes, inconscientes, as vidas que se apagam num virar de rua. É preciso uma visão apenas, que grite, mesmo que depois da árvore ela desapareça; desde que renda um poema ou um sentir estranho qualquer que não se apaga. Nesse caso não é sumiço nem rebuliço, é como uma névoa que adentra as narinas, inunda sentidos até virar sonho de lembrança.
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