Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Destinos provisórios
Há tempos ela questionava o porquê dos seus interesses tão variados, possivelmente divergentes. Tomava-a uma angústia irreprimível de passar por tantos lugares em tempos diminutos, como o da hora e o do dia. No ano então, perdia-se completamente sob o constrangimento da memória perdida, das palavras, dos nomes, das cores, dos sons e dos cheiros; tantos eram os caminhos de destinos provisórios. Sim, eram provisórios porque se metiam a entrar uns pelos outros em forma de fronteira eterna; da mesma forma que se encontravam e se identificavam, sumiam-se os destinos e se faziam pontos de largada, recomeços incessantes.
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