Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
"Goiabinha"
Nunca pensei fosse encontrar em São Paulo o “Goiabinha”. Foram centenas, de casca durinha, no estilo mais caseiro; aquele doce molinho em porções quase diminutas, caprichosamente envolvidas em trigo e muito carinho. Cada um uma cara, não de feitio totalmente regular, mas de uma individualidade pensada, delicada, distante do mundo das fábricas. As mãos moradoras paulistanas que conheci, ainda guardam o jeito mineiro das goiabas, dos quintais, das cozinhas aquecidas e cheirosas. Tudo sem complicação, de um comum incomum; comida de coração, pegada no fogão, lembrança do chão.
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Um comentário:
o interior mora nas pessoas... e esse entrou pra lista dos meus preferidos, deveria ser o primeiro do seu livro!
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