quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Poti

Poti era pela metade,
Um olho na porta da cozinha,
O outro para o corredor dos quartos;
Poti nasceu incerta,
De mistura de pêlos assimétrica,
Um lado mais claro,
Outro mais escuro;
Poti pedia colo,
Poti subia em árvore,
Poti fazia carinho com arranhão,
Poti miava aos gritos,
Implorava o churrasco da barraquinha,
Sabia os dias, as horas, a mudança do dia pra noite;
Poti era precisão;
Potira virou Poti,
Veio para ti, para mim,
Não tinha dúvidas;
Mesmo de aparência duvidosa,
Titi queria queria queria...

Um comentário:

Leozito Coelho disse...

Êta nóis, vai gostar de gato assim, viu... Muito bom o poeminha.
Bjo
Leo