Se o passado te tem
Não te desdenhes
Que o futuro lá se forjou
Se uma lembrança afeta
É porque não é discreta
E por ela teus olhos se injetam
E o coração também
Se o presente é solene
Porque dita o que virá
Não te iludas
Que o presente é caco
É um naco qualquer
Que escapa de tal modo insolente
Que vira passado
Que vira futuro
O presente não se tem
Senão o ausente de presente
A correr feito lebre
E agora o que fazer?
Se nem podes pegá-la
Roedora do tempo
Roedor presente
Roedor de presente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário