sexta-feira, 23 de abril de 2010

Puxadinhos

Embora muitos exaltassem os olhos grandes e amendoados por sua beleza, ela cria quase piamente que aqueles puxadinhos como janelas entreabertas fossem muito mais visionários; porque ficavam o tempo todo na dúvida do movimento, no atávico entrelugar do fechar e do abrir, e sempre passavam a impressão de sonolência, como entressonho, um caminho entre o real e o inconsciente. Sabia que era delírio seu, mas se permitia encantar com essa possibilidade anatômica ligada às coisas da alma. E quando esses traços vinham distantes do oriente mistificado, historicizado, surpreendia-se mais, porque pensava em uma aldeia pequenina de olhinhos puxados, janelas duvidosas de acanhamento e mistério para alguém empurrar vagarosamente e morar lá dentro um tempo, dentro do sono cheio de sonho de sol, de lua, estrelas e mato infinitos...

2 comentários:

Renato Pittas disse...

....Novae desculpa, me espanta, the remenberin's de culpa e abraços, nossa chega a té me assustar o espanto da imagem e a mudice senica de olhar meninas de olhos em olhos que olham a sombra, pois é não há como a menina dos olhos olhar alem da sombra se ela não vê a luz!...o que é ver a luz senão saber-se na escuridão!

Me impressionei coma a sua classive sobre a mesmice!

Grato!publica não só uma mostragem amorosa sobre encontrar humans on the way .... greatfullsdeade!

Nossa nem sei co te dizer sobre a beleza de suas Clarisses...Valeu!

Mônica disse...

Puxa! Fazia um tempo já que não lia um texto tão lindeza assim. Este tempo miudinho que esses "puxadinhos" evocam. Gostei muito daqui. Volto sempre, lhe digo já. Valeu pelas palavras lá no "eu".