sábado, 5 de janeiro de 2013

A rodar

Que imensidão Solidão Que paredes me cercam Céu na fresta da janela E antenas, quantas E cérebros Tormentas Essecialidades parcas?! Fisiologias Minhas pernas no vaso Desejo fisiológico Instantâneos Impermanências Choro e riso, impermanentes... Que imensidão Solidão de materialidades Incensos, ‘inssencialidades’ Pareceu-me agora dos deuses Uma máquina de escrever a escrevinhar solta e alegre A história de ninguém e de cada um Música de ninar, arremedo de sonho e eu a rodar, rodar... Se não é a arte, que sentido há Se não vida em arte, solidão... Imensidão vazia E a máquina a escrevinhar ninguém... E eu a rodar, rodar...