sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Nem de mim, nem de ti

Não reflito porque sou aflito
E grito a verdade ao infinito
E me calo falante
Pensante discreto
De respiros fracos
Embargos de voz
Não grito, silencio
E por dentro rodopio
Zonzo faço ciranda
Tonteio de tanto devaneio
Nunca atiro o pau no gato
Só me atiro na cantinela
E me delicio com canela
No café fumegante
Não sei voar, nem mergulhar
Mas sinto asas e guelrras
Tormenta de fantasmas
Miasmas em mim
De ti faço verso
Desconverso
Porque de ti nem sei
Nem de mim

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