segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Azeitonar

Aquela reunião regada a vinho se repetira;
Dessa vez era um Rosé, quase um licor de morangos excessivamente maduros, barato, mas degustado com prazer; com jeito de caro nas mesmas taças repetidas, ávidas pelos lábios;
O vinho era fálico e o corpo amolecia;
As falas reverberavam na alma e os ouvidos se distraíam e voltavam, sem pudor de não ouvir, de não ter qualquer parecer sensato a dar, senão o contemplar do aconchego e da familiaridade do instante;
Na mesa o pequeno prato com azeitonas verdes e nas bocas o experimentar sendento das esperanças, verdes;
E as verdes esperanças eram engolidas sem respirar entre os dizeres e risos já amarelados, querendo esverdear de novo, azeitonar, com o sal na medida e o oliva reparador...

2 comentários:

Rhany Torres disse...

Adoro ler seus textos, beijos!

Unknown disse...

vinho fálico?!rsrs
Sexy o texto!

Não deixe a possibilidade de vida em seus textos,mas deixe-os vir a tona em sua vida!

Foram brigas por pente...de estimação claro...por quase atrasos...por atrasos de verdade... por não ter a sua regra...

Nessa hora o talento que vejo aqui...não parece vir de quem vem...liberte o seu verdadeiro eu!!! Pois mais do que ninguém sabemos que escrevos o que somos, e muitas vezes somos o que escrevemos...então faça valer!