Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Corpos-instrumentos
E nossos corpos instrumentos concertaram o mundo em chuva de raios luminosos, até cegar a vida e acordar a morte; E nossos corpos instrumentos harmonizaram uma melodia seca, de cadência frouxa, até acordar de novo; E a dança foi de sopros e cordas enviesados feito esconde esconde no balanço irreconhecível para todos passantes; E nossos corpos instrumentos ficaram ali meio tortos, congelados no movimento sonolento de quem se acomoda no afeto.
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