Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Vazio
Desafio maior não deve haver; descrever o vazio e sua vocação de se instalar entre as extremidades; entre dor e prazer, tristeza e alegria, sorte e infortúnio, desejo e desprezo, vontade e desânimo. O incontido no vazio subverte o repleto e o desafia enchendo- se do nada. Curioso esse vazio cheio de nada, incompreensões em desaviso, desafetos sem lastro, amenidades das conquistas, solidões, cactus no deserto, inundações em reservas de alma, e lá fora vazio; miragens de sóis, incontáveis linhas que se perdem; vazio.
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