terça-feira, 25 de novembro de 2014

Fêmea

Até hoje me surpreende a alcunha mulher, simplesmente porque fêmea cabe infinitamente mais, posto que traz consigo a perfeita definição nominal daquela que gera, amamenta e recobre com pêlos e pele, daquela que se altera por sentidos de proteção e selvageria em acalento; todos os sentidos em alerta. Terminantemente, mulher se presta apenas para delimitar o feminino subjugado no horizonte cultural de ‘minha mulher’. Mulher fala tão pouco enquanto grita a fêmea sufocada em seus instintos de existir, mas principalmente em coexistir em estado belo, natural.

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