Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Fêmea
Até hoje me surpreende a alcunha mulher, simplesmente porque fêmea cabe infinitamente mais, posto que traz consigo a perfeita definição nominal daquela que gera, amamenta e recobre com pêlos e pele, daquela que se altera por sentidos de proteção e selvageria em acalento; todos os sentidos em alerta. Terminantemente, mulher se presta apenas para delimitar o feminino subjugado no horizonte cultural de ‘minha mulher’. Mulher fala tão pouco enquanto grita a fêmea sufocada em seus instintos de existir, mas principalmente em coexistir em estado belo, natural.
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