Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Planos
Como fazer planos se a existência não passa de uma alternância de sopé e montanha, de água que amansa e faz onda? Como fazer planos, escolher destinos absolutamente improváveis nessa suposição absurda de que alguma escolha é certa e provável? Sim, há como fazer planos e acertar-lhes as arestas pontudas, fingir-se de bobo ante as decepções cadenciadas do dia a dia; montar um álbum de falhas submersas em imagens condensadas de mimetismos de risos e choros de emoção. Do que eu falava mesmo? De planos...tão obtusos; cubos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário