quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Custa-nos...

Custa-nos amar o silêncio porque o primeiro murmúrio causou encantamento. Descoberta é assim; arrepia e provoca uma compulsão, tudo a se repetir. Aí o homem tentou tanto que conseguiu transformar balbucio em palavra, até que o gesto adormeceu. Por isso, custa muito amar o silêncio, atinar o olhar e aguçar as terminações sensíveis da pele, ouvir o vazio onde tudo se dá em devaneio de completude.

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