Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Custa-nos...
Custa-nos amar o silêncio porque o primeiro murmúrio causou encantamento. Descoberta é assim; arrepia e provoca uma compulsão, tudo a se repetir. Aí o homem tentou tanto que conseguiu transformar balbucio em palavra, até que o gesto adormeceu. Por isso, custa muito amar o silêncio, atinar o olhar e aguçar as terminações sensíveis da pele, ouvir o vazio onde tudo se dá em devaneio de completude.
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