Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Culpa
A culpa do que aconteceu foi toda minha, e eu não vou me desculpar por ser eu. Vítimas são barcos no porto, perfeitamente ancorados por tempo indeterminado, ou enferrujados, carcomidos. Culpados são barcos em alto mar de velas içadas, emaranhadas ao vento. A culpa foi toda minha. Agora, da sua culpa, eu não posso saber.
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