Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
sábado, 27 de setembro de 2014
'Raskolnikov'
Sabia que era assim; uma pessoa ou algum fato seriam fatalmente responsabilizados pela erupção de suas profundezas. Ela estava assim uma Raskolnikov, só que sabia do crime e não compreendia o porquê do castigo. O certo era ultrapassar aquele rasgado do carpete do corredor e avistar o número do quarto; sete passos apenas para a linha de chegada, um alívio para os olhares indiscretos e julgamentos que ela imaginava.
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