Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Morreu MPB
Mirou aquela sardinha gigante com cheiro de mar. Guelras absolutamente coradas, olhos brilhantes, carne firme. Olhou fixamente para o aquário do mundo, desfez redoma, fez hipnose musical. Rodou uma MPB, ignorou o rock. A sardinha coitada ficou seduzida pelos olhos vidrados e pela malandragem dos movimentos, meio samba. Foi morar em sua boca felina; pobre sardinha. Nem teve tempo de mostrar seu bebop, seu lamento blues, seu balanço Mick Jagger...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário