Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Pan
Somos todos deuses Pan, rodeados de pandemônios, pândegas, pandemias. Cabeças de homens com instinto ruminante, de pensar que não se acaba, com adornos córneos insistentes de histórias que escapam. Somos todos deuses pan, de pés laminados inflamados a caminhar por descaminhos em busca de anestesia. E os pelos que nos nascem em espessura e tamanho são essa mesma lembrança epitelial dos tempos ancestrais pan, que nos sobrepujam para esse contemporâneo fadigado de pensamento, loucos para correr pelos campos em desatino e encontrar, e tocar a flauta mágica num lamento de ironia e libertação.
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