Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Inverno na cidadela
Mortal! Não havia melhor palavra para descrever aqueles domingos de inverno na cidadela. Até o recepcionista da paragem concordara; 'não há palavra mais adequada'. Depois do vinho e da massa quente, um certo rubor interno, acalento de instantes. E os cafés? ! Deveriam decretar expressamente; 'não podem fechar em dias de inverno'. Pois a pena de tê - los fechados era condenar os estrangeiros à total insignificância. Eles mereciam pelo menos a visão reconfortante da fumaça da cozinha e o cheiro do café pra resistirem aos invernos da cidadela.
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