quarta-feira, 17 de junho de 2015

Pseudo fantasmas

Não sabia o que fazer com a inteligência tão aguçada daquele fantasma. Daqueles fantasmas vivos pseudos; tantas expressões em multidões de contrapesos e paradoxos imutáveis e cambiantes. Diziam que era Pessoa; outros, que era Fernando. A unir os dois, Fernando e Pessoa, estranhava o Fernando, posto vê-lo muito mais como Pessoa. Quantas fantasmagorias líricas; quantos realismos torpes revelam as pessoas. Mas foi Pessoa a dizer dos não ditos e por isso ditos que se desdizem a todo instante; fantasmas.

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