Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quinta-feira, 18 de maio de 2017
mar ilha, ilha mar
Pois então, o mundo e suas 'coisas' não são todos representantes em oposição? Não existem por oposição?! Os mundos e os desmundos; as coisas e as não coisas. A saber; não coisas podem ser sentimentos, imaterialidades quaisquer, essas coisas que nos estranham, atormentam e encantam?! Pois então; não é que outro dia ela sonhara que o mar é que era a ilha?! Sim, estava ele ali todo azul e denso de ondas medianas a conversar com terras em volta. Ele, de fato, não queria assaltar as terras de susto. Enquanto isso, ela nadava e se debatia dentro do azul, essa fluidez imensa. Restrito feito uma uma ilha, o mar cercado de terra. Era pois o aquoso quase terra, a partir de onde não se navegava. Então, possível talvez fosse navegar na terra?! Ora, é que mar e terra nem são tão distantes assim, opõem-se por pura convenção, necessidades práticas da racionalidade. O mar dela se fez terra, ao nadar não se desgrudava como se fosse árvore fincada! Queria então desesperadamente navegar na terra. Ironias! É como desmundos; por vezes é o mundo distante mais próximo, o mundo de cada um. E as não coisas! Ah, as não coisas, que belas coisas. Pode-se com elas fazer um mundo, são geratrizes. Pois então, nem há mais oposição! Meras muletas da razão!
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