Vinha na mão aquela taça
De vermelho uva
Doce e alcólico
E você descontrolava palavras
Soltava riso e choro
Soltava imensa confusão
Vinha na mão vinho
Em taça firme e escorregadia
De líquido denso
Na língua faminta
Ardor de desilusão acre
Fulgor de ilusão açucarada
Vinha vinho naquela taça
Num tom bonina
Escuro sangue
Desaguando entredentes
Beijo liquefeito
Engolido
Acolhido ninho
Temido vinho
E a face enrubescida
Viva em desalinho
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