Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Se soubesse
Se tudo soubesse dessa matéria do viver; Se custasse uma vida aprender; apreender essa ode; Bastaria todos os lados em definição, finitude; Ah! Nem precisaria de mais saber em dado ponto concluso; Se soubesse gastaria menos peripécias, menos tentativas, menos evasões e encontros em desacerto; E por não saber fica assim emaranhado no caos, sem medida certa que medir, com ímpetos de conseguir ou naufragar; O se soubesse pesa desfeito e termina por fazer a mais elevada reverência que é não saber pra saber mais e aprender essa matéria, ora impulso, ora inércia; ora flor, ora ardor, ora amargura, ora candura; Se soubesse dessa matéria do viver, o que saberia?
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