Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
E qual é mesmo a verdade?
A verdade, às vezes, vem a passos lentos, na cadência impositiva da ilusão. E qual é mesmo a verdade? Não passa de um instantâneo? Não seria a ilusão a verdade do momento, tão crível que nos faz cometer desatinos? Então, a verdade é o crível? Dir-me-eis que não. O que crês é ilusão, mentira disfarçada...E qual é mesmo a verdade? Tolo, direis...Verdade verdadeira é um tão somente espaço de tempo e mente na mesma cadência, quase um alento...um piscar de olhos, um registro, um palpável...até vir a escapada, o tempo seguinte e a imagem se desfez, e a crença se compadeceu, morreu pela verdade de mentira...Era uma vez é mentira? Não, era uma vez foi uma vez contada, imaginada, verdade criada...Era uma vez é verdade do momento...virou verdade e se foi no era uma vez...Verdade mesmo a gente corre atrás...Coitada da verdade perseguida...E qual é mesmo a verdade?
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