Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Cenas redimidas
Quantas e quantas vezes ela andara por caminhos em descaminho. Descaminho de mente crucificada; e a despeito dessa posição redentora, era tão absolutamente descrente. Crença de fato não se resumia em posições aniquiladoras para suspensão de supostos pecados. Até prazer e boas intenções vinham em turbilhão confuso, como veste malfazeja; tudo por conta da descrença de momentos de genuína alegria. " Não, não poderia vir assim em minha direção dessa forma tão explícita e doadora, a alegria", ela duvidava. E tanto duvidava, que a cena se redimia tal qual pecado penitente e descrença sobrevivia, e descrença reagia como realidade.
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