Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
sábado, 12 de julho de 2014
Intemporal
Dizem que amor tão grande dura é no tempo. Lisandra duvidava do tempo e nem por isso desacreditava do amor; para ela amor era intemporal, gastava o tempo de um suspiro e de uma lembrança intermitente. Amor tanto era muito mais amizade, esse amor de eternidade. A vida e o amar andavam assim sazonais, invernais e primaveris, nos tempos de alternância, hibernação e floração. Quando dormia a vida era sonho de amar; quando florescia era deslumbramento de inquietar, um respiro forte de doer coração.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário