Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Um caminho
Já havia se acostumado com os caminhos e seus pés parcialmente doloridos, vivos. E nessas ruas havia silêncio e ruído, e placas; muitas promessas comerciais e até utilitárias. No último que percorreu 'amolavam tesoura, faca e alicate de unha', vendiam 'coisas e koisas'; havia também um centro de flores. Incompatibilidades a parte, entrevia que seu olhar não as teria mirado sem propósito algum. Os objetos usados tinham recuperação, havia coisas e 'Koisas', e as folhas modificadas, a que chamam flores, preservavam a poesia.
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