terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando ele vem

Como é bom sentir o vento de olhos fechados,
Como vem ele aterrador e delicado quando temos os olhos fechados,
Que presença passante que paira e fica e vai sem deixar dores e amores,
Que visita bem vinda, inesperada tão esperada,
Que gesto delicado em cada pedaço de pele ou no roçar de roupa forte e delicado,
Que frescor e que sentimento de mormaço aço forte feito brasa quando vem o vento;
Quando vem o vento tudo é sentido,
Tudo vai num ido, ido, ido...;
Tudo leva o vento,
O sentimento da pele,
O pulsar da vida;
Vento desgarrado,
Passante vento,
Sem amores,
De todos os amores;
Leva humores,
Calores,
Rumores;
Vento anestésico,
Vento vela,
Vento leva,
Vento adormece...

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