Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Coisa estranha
Nervosia é mesmo coisa estanha. Vem no bem, vem no mal. Se nos encantamos ficamos trêmulos de nervoso. Se um desconhecido amedronta e se aproxima vem aquela nervosia do mesmo jeito. Doideira isso; o bom ficar tão perto do mau, o entusiasmo tão próximo do medo. Será que é porque alegria dá medo? Nem sei...Sabe quando vem aquela imagem esperada e inesperada ao mesmo tempo? O anunciamento de um afeto delicado, uma espécie de amor? A gente fica nervoso, de mãos trêmulas e palavras saltitantes, quase a tiritar como no frio. Se desconfiamos do perigo, aí é que o trem fica feio, é tremura pra todo lado e suador frio e perna bamba. Parece mais é agonia de paixão. Eh coisa misturada meu deus! Num entendo mesmo esse negócio de nervosia. A gente não devia era ficar nervoso, nunquinha! Nervosia é denúncia de amor que não tá na hora de declarar, e de medo. Deve ser porque amor dá medo e a gente tem medo de não ter amor.
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2 comentários:
Sim, eu sei como é!
Sabe como chamavamos esse sentimento na adolescência..."nossa dá um negocinho!rsrs" Sensação estranha...estrapola os limites...aflora na pele ... a flor da pele total!
bjussssssssssssssss
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