terça-feira, 17 de março de 2009

Des(crer) humano

É preciso romper os laços frágeis,
Quase inexistentes;
Romper as ilusões;
Os contratos não firmados,
Sem fatos,
Incompreensíveis,
Ininteligíveis;
Cortar expectativas;
Esperanças falsas;
Sonhos tortos;
Imaginários forçados,
Nascidos mortos,
Esfarrapados,
Sob veste
Aveludada e protetora;
Desnudar o inconsciente;
Abarcar a antevisão;
Abrir o olho da fronte;
De cabeça baixa,
Escutar som,
Imagem,
E sensação;
Jamais olvidar-se
Dos entremeios certos
E das finalizações incertas;
Mas no ‘humano, demasiado humano’,
É preciso se desfaz,
Na crença
E na descrença,
Extorquidas
Pelo desejo latente,
Ou premente,
De (des)acreditar...

Um comentário:

Leozito Coelho disse...

uau! Gostei... Tá na fase nieztcheniana hein. Maravia. Bjus, Leo.