Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Admito
Admito minha máxima estupidez; Admito sem reservas esse emburrecer na ânsia de acreditar; Admito e me coloco diante de qualquer que seja, derrotada em minhas fraquezas, maculada nos sonhos desfeitos; Admito que a dor não é provocada por outrem; A dor nada mais é que um de si para si por viver momentos de total displicência; O outro só dói por si; A dor mim é esse ego que se desfaz repleto de vergonha, marcada na entranha com ferro quente; Sim, é de ferro em brasa que doemos, e cada lágrima é pequena, só faz acender mais o fogo; Só mesmo quando vir era glacial poderá apagar; Que todo sentir em desatino destrói tudo até vir o gelo, até o sol derretê-lo devagar na esperança de nascer vida em potência de sentimento.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário