Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
sábado, 7 de junho de 2014
(...)
Interessava-a amar intensamente, com sustos e sossegos, com egos inflamados e solicitude irrepreensível, com carícias e gestos bruscos de sentir; carecia o amor dessas nuances contrárias, dessas metades mal acabadas, assimétricas; carecia o amor do valor indefinível, que não se tem; que não se percebe; carecia o amor daquilo que não se nomeia; de um abismo escuro e um lago límpido; de umas formas espúrias só por serem incompreensíveis, carecia o amor somente de sentidos, desde que não fossem parcos.
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