Histórias sempre estão na fronteira; por mais que tentemos acomodá-las elas esbarram no real vivido, ouvido, lembrado; elas esbarram no imaginado, sonhado, criado...por isso evocamos os entrelugares, onde cabem o contraditório, o surpreendente e até o esperado...todos eles permissíveis à intromissão do eu e também à sua ausência, mesmo disfarçada.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Por dentro e por fora
Sorrir por fora é fácil;
Difícil é sorrir por dentro;
Ficar repleto, ecoar alegria;
Ficar repleto, dançar e rodar pra ninguém ver;
Difícil é virar criança e ver graça no mais simples;
Ficar repleto, mergulhar em rio de peixe colorido;
E afundar, leve nas profundezas do mar;
Difícil é encher-se de corais e flores astrais, folhas secas teatrais;
E abraçar, e beijar, e acariciar a pele em adoração;
Difícil é fazer sorriso vazar, escorrer cachoeira sem nem perceber;
Difícil é sorrir por dentro e afundar...
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